RIO - Uma mulher foi condenada a pagar US$ 1,9 milhão no único caso de troca de arquivos na internet a ir a julgamento nos EUA, desde que a Record Industry Association of America (RIAA) começou a processar internautas, em 2003. Jammie Thomas-Rasset, de 32 anos, foi condenada por um júri do estado de Minnesota, que considerou que ela violou direitos autorais e deve compensar as gravadoras. ( Disponibilizar músicas e filmes na internet deve ser considerado um crime? )
Jammie, mãe de quatro crianças, disponibilizou pela internet 24 canções de artistas como Sheryl Crow e Green Day. Segundo a BBC, ao sair da corte ela definiu a decisão como "ridícula". De acordo com o júri, Jammie terá de pagar US$ 80 mil por cada música.
- Não existe a hipótese deles receberem isso. Sou uma mãe, de recursos limitados, portanto não vou me preocupar com isso agora - disse ela.
Jammie já havia enfrentado uma acusação similar em 2006, quando seis gravadoras a acusaram de publicar na internet e distribuir 1.700 músicas através do software Kazaa. O processo, no entanto, foi anulado.
" Não existe a hipótese deles receberem isso. Sou uma mãe, de recursos limitados "
Um porta-voz da RIAA disse que as gravadoras que a associação representa - entre elas Sony, BMG, Universal e Warner - queriam resolver o caso fora da Justiça por um valor muito menor. A maioria das pessoas acusadas pela RIAA nos EUA aceitou acordos que resultaram em multas de aproximadamente US$ 2 mil. Jammie, no entanto, não aceitou o acordo e seu caso foi o único de cerca de 30 mil a ir a julgamento.
Além de processar indivíduos acusados de publicar grandes quantidades de músicas protegidas por direitos autorais na internet (normalmente acima de mil), a RIAA também se focou desde o início em tentar tirar do ar sites e programas que permitiam a troca dos arquivos. Assim o Napster, criado em 1999, foi obrigado a sair do ar dois anos depois.
Logo em seguida, no entanto, novas ferramentas surgiram. O Napster foi fechado sob a acusação de que poderia ter controle sobre seus arquivos, que eram centralizados em um servidor. As novas ferramentas trabalhavam sem servidores centralizados, fazendo apenas o contato entre os internautas, que mantêm os arquivos em seus próprios computadores. Uma decisão final sobre o tema segue indefinida.
Em dezembro de 2008, a indústria mudou de posição e passou a concentrar seu foco em acordos com provedores de internet, tentando conseguir informações sobre os internautas que trocavam uma maior quantidade de arquivos.
Na Suécia, o site The Pirate Bay enfrentou recentemente um processo no qual seus quatro "donos" foram condenados a um ano de prisão cada e multa de mais de US$ 1 milhão por "facilitar a quebra de direitos autorais".
E eles acham que ganharam a batalha?
Esse tipo de notícia parece até piada, não é?
ResponderExcluirE mais uma pergunta, quem ganha com isso? advogados e gravadoras, unicamente.
O artista, maior interessado, não recebe nada pelas acusações. Na maioria das vezes nem está preocupado com a circulação de sua música por meios ditos "ilegais", pelo contrário.
Na minha opinião, quem fere direitos aí são os acusadores - gravadoras - que tentam aliviar seus fracassos na busca por um culpado, no caso os amantes da música. Fica me parecendo algo que vivenciamos há poucos anos atrás... um tal de Bush e sua guerra no Iraque.
Leoni, parabéns pelo blog! venho aqui quase todos os dias para me informar.
Abração do fã.
Fabio Cadore
Fabio, nem as gravadoras ganham nada. Só os advogados saem rindo de orelha e orelha.
ResponderExcluirUma sentença assim dispensa comentários
ResponderExcluirLeoni,
ResponderExcluirDe qualquer forma a iniciativa parte das gravadoras. Se elas não ganham é porque são duplamente burras.
O João Boscoli sintetizou essa questão muito bem dizendo que há 15 anos atrás, quando as gravadoras perceberam o crescimento acentuado da música digital, elas tinham dois caminhos a seguir: se juntar e somar forças ou repudiar e declarar guerra. A segunda e errônea opção foi a escolhida.
hahahaha
ResponderExcluirsó risada é o que vai sobrar para as gravadoras....
Sinceramente pegaram a garota de boi-de-piranha na situação, pq em todo mundo varias pessoas baixam cds gratis, alguns inclusive semanas antes do lançamento OFICIAL !!!!!!!!!!!!!!!!!
ResponderExcluirFalo por experiencia: ouvi o ultimo cd do Megadeth (united Abominations) 4 dias depois de masterizado, 3 semanas ANTES de lançar. Quem lancou na rede???? provavelmente alguem que trabalhava no estudio, musica nao sai sozinha por ai na rede...