30 de jun. de 2009

Garoto de 13 anos troca o iPod por um walkman durante uma semana


Essa é mais curiosa e instrutiva para quem tem menos de trinta anos. O Globo reproduziu da BBC. Nós, aqui abaixo, reproduzimos de O Globo. Mas recomendo uma ida ao site da BBC para ver a matéria completa.

Garoto de 13 anos troca iPod por walkman por uma semana
Crédito: Reprodução site BBC Magazine

RIO - Como um garoto de 13 anos, apaixonado por música, se viraria nos dias de hoje privado de seu iPod e tendo de usar um ultrapassado walkman? A revista da BBC , em comemoração aos 30 anos do lançamento do ícone da Sony que revolucionou a música portátil, resolveu descobrir quais os choques culturais que surgiriam com a situação e sugeriu ao garoto Scott Campbell enfrentar o desafio por uma semana. O primeiro susto foi com o tamanho do aparelho, similar ao de "um pequeno livro". A cor, cinza tão sem graça quanto um céu nublado, também surpreendeu o garoto, acostumado com a enorme variedade de tons dos produtos da Apple.

E quanto ao funcionamento, o que ele mais estranhou? Scott conta que levou três dias para descobrir que havia um lado B na fita. Além disso, no início ele achava que a chave que muda o modo do cassete de "normal" para "metal" se referia a gêneros musicais. Uma maldade que nem o mais extremo estilo de Heavy Metal merece.



Acostumado com o "shuffle", função dos atuais mp3 players que permite ouvir a coleção de músicas de modo aleatório, no walkman Scott precisou improvisar segurando a tecla "rewind" e soltando o botão ao acaso.

"Eficiente, mas um pouco trabalhoso", comenta o menino.

Ao contar para o pai sobre sua engenhosidade, no entanto, ele aprendeu a diferença entre aparelhos eletrônicos (como os iPods) e mecânicos, com partes móveis, que davam origem ao terrível costume que os walkmans tinham de "comer" fitas.

"Meus cliques desajeitados poderiam ter arruinado minha fita e me deixado sem música para o resto do dia", concluiu.

Para chegar a uma outra diferença importante, Scott precisaria de mais alguns anos de uso. É inegável que os antigos walkmans (mecânicos) têm um tempo de duração muito maior que os iPods (e eletrônicos em geral). Não é difícil encontrar modelos da Sony funcionando até hoje, décadas depois do lançamento. Por outro lado, onde estará o seu mp3 player daqui a 20 anos?

Após uma semana de descobertas e revelações sobre as origens da tecnologia portátil que hoje domina o mundo, Scott se disse aliviado por viver na era digital, com mais opções, funções e aparelhos menores.

Entre os pontos negativos do walkman ficaram os ruídos do cassete que acompanham a música, a pífia duração das pilhas, o design tenebroso, com botões espalhados por todo o aparelho, e a pouca capacidade das fitas (12 a 14 músicas), que ainda precisam ter o lado trocado a cada meia hora.


O modelo original do avô do iPod, no entanto, também recebeu seus elogios. Além de oferecer duas entradas para fones de ouvido, possibilitando que mais de uma pessoa ouvisse música ao mesmo tempo; ele trazia um conector para tomadas.

"Mas considerando a péssima duração da bateria, acho que isso era mais necessidade do que uma função extra", ironiza Scott.

7 comentários:

  1. Maravilhosa e divertidíssima a matéria.

    Pra você ver, querer impedir que as mudanças cheguem é quase ridículo. A indústria achava que voltar ao vinil seria uma solução. Seria, mas teria que convencer todos os usuários.

    Sem querer fazer fofoca, outro dia encontrei um companheiro de geração carregando um aparelho muito parecido com esse da reportagem, escutando as faixas de seu novo disco! Isso, ouvindo um trabalho novo num velho cassete.

    Perguntei como ele pretendia lançar o novo disco e ele respondeu que queria botar na internet, mas que não tinha ideia de como fazê-lo. Fiquei imanginando o meu amigo tentando enfiar a fita cassete no slot de disquete de seu PC com a esperança de que as faixas migrassem para a internet, garantindo desde já sua publicidade.

    Não são só os aparelhos que ficam defasados...

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  2. Show de bola!!! Excelente matéria!!
    Comentei ontem sobre esse avanço meteórico da tecnologia e estava lembrando justamente do Walkman... (e esse ainda era da Sony! Imagine se dessem a ele um da CCE.. rs..)
    Abração.

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  3. Pow, eu mandei um post no meu blog parecido com este, mas garanto que acabei de conhecer o blog de vcs através do meu cunhado www.umalaudaemeia.wordpress.com antes disso não sabia de nada

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  4. HAHAHAHHAHHAH - eu ainda tenho um walk-man da Aiwa, e algumas fitas cassetes !!!!! Ele ainda funciona tambem... e mei "mircrosystem" (isso ainda existe? ainda se chama assim?) tambem tem dois decks para ...GRAVAÇAO DE FITA CASSETE !!!!!

    Acho que o futuro é isso mesmo...a aparelhagem se desenvolvendo e criando soluções, vai dizer que aqui ninguem, quando era criança, riu dos gramofones ???? hahahahah...

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  5. Fala, galera!

    Alguém leu a matéria desse domingo no Estadão sobre as ações que o ECAD anda movendo? Tem a já citada sobre a festa Junina de uma escola, tem até uma ação contra um casal de noivos, pq não pagaram os direitos das músicas na festa de casamento.

    E ainda tem falando sobre a CPI do ecad aberta na Assembléia Legislativa de São Paulo.
    Acho que pode nos render uma boa discussão.

    Qualquer coisa eu tenho o Jornal de domingo em casa.

    ABS.

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  6. Paulo Vitor, essa notícia deu em tudo quanto é lugar. Mesmo que não fosse coincidência não teria importãncia. A circulação da informação é mais importante que a autoria da história - que, aliás, é do Globo.

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  7. Na verdade, a reportagem original é da BBC, como está devidamente creditado lá em cima. Mas não faz muita diferença mesmo.

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