31 de mar. de 2009
Previsões do Gerd Leonhard para os próximos 18 meses!
Nosso futurista de plantão acredita no futuro da convergência de todas as nossas formas de informação, entretenimento e comunicação nas telecoms, ou seja, celular. Mais que no computador.
Vamos às previsões que vão nos afetar muito em menos de 2 anos:
1) o Twitter vai passar de 50.000.000 de usuários;
2) o Facebook vai se tornar o padrão para as relações sociais e o maior distribuidor de conteúdo;
3) o Google vai dobrar a sua receita;
4) a RIAA - Recording Industry Association of America - e a IFPI - International Federation of the Phonografic Industry - vão quebrar;
5) as Telecoms vão lançar as licenças flat-rate para conteúdo;
6) o Skype vai ressurgir como “tocador” de conteúdo.
Se tudo isso acontecer – especialmente a número 5 – teremos um negócio bastante viável em moldes muito diferentes - e muitas formas de divulgação. E não teremos a oposição ferrenha da indústria em relação a essas mudanças - vide previsão 4.
Vamos esperar? Eu diria que o melhor é partir para a ação agora, mesmo sem ter a menor certeza do que vai acontecer. Senão, quando as oportunidades aparecerem estaremos despreparados. Vamos twittar, facebookar e chamar a atenção.
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Leoni, essa eu não sei. O que é flat-rate?
ResponderExcluirUAU! Esse foi um dos posts que eu li com mais sede, equiparado à inauguração desse espaço. Andei ignorando o Facebook por um bom tempo. O Marcos Hermes (fotógrafo/músico, uma coisa dentro da outra!) sempre falou muito do Facebook. Pelo jeito vou ter mais um espaço pra administrar, argh!! Vou anotar minhas senhas...
ResponderExcluirSó não tenho a MENOR IDÉIA do que se trata o tópico 5. Desculpem minha ignorância perante o nível do blog, quem puder explicar...
Vou ali dar uma volta no mundo físico, até mais tarde gente!
Essa é a história da música virar serviço. Você paga uma taxa pelo acesso a milhões de músicas que estão sempre disponíveis. Feito os canais de tv a cabo. Um serviço que você paga se usar ou não. Pode ouvir música o dia inteiro ou não ouvir nunca que vai pagar a mesma merrequinha.
ResponderExcluirNesse serviço deve ter a possibilidade de você fazer as suas listas, de recomendar e receber recomendações etc.
Tomara que aconteça. O problema é que as gravadoras e as editoras teriam que abrir mão dos dólares que elas achama que têm direito para receber bem menos por muito mais conteúdo. Seria o fim definitivo da escassez - como se isso não tivesse já acontecido - e, portanto, do controle.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluir(esperando a namorada) Mas estamos falando de download de arquivos ou uma espécie de rádio (streaming, é isso?) O Lulu Santos, o Frank Sinatra e o Geovanni Andrade seriam "do mesmo saco"? (claro que a demanda por cada um seria equivalente à realidade).
ResponderExcluirTo entendendo???
Para mais informação ver o capítulo 4 do livro do Gerd Leonhard "The End of Control"
ResponderExcluirhttp://www.endofcontrol.com/2007/10/chapter-4-the-f.html
Nada de download - porque ninguém tem tanto espaço em seus computadores. É streaming disponível em qualquer lugar com mais serviços incluídos.
ResponderExcluirTudo iria para uma "pool of money" que seria divido pro-rata, dependendo da quantidade de streamings que cada artista tiver.
É como se faz nas rádios, mas o controle seria mais eficiente - nas rádios é por amostragem.
Beleza... começo a ver a luz.
ResponderExcluirObrigado pela paciência, até mais tarde, agora fuuui.
Facebook é o Orkut do mundo. Para afirmar a contra-mão estava quase desistindo daquilo lá. Mas pelo jeito é melhor ficar né?
ResponderExcluirPara ficar claro: pode ser download também, mas seria um desperdício de espaço no HD.
ResponderExcluirEu não abro mão do CD. Meu PC tem várias músicas, escuto o MP4 direito, porém para pensar e repletir sobre a música, gogustá-la.. só com Cd e encarte na mão. Preciso de coisas físicas. O virtual não me sustenta. Não importo em pagar por aquilo que posso ter de graça ou de forma ilícita, o meu prazer vale mais.
ResponderExcluirFacebok ee que nem o Orkut, só que é bom. :)
ResponderExcluirGuilherme, ninguém disse que você teria que abrir mão. Vai tudo funcionar simultaneamente.
ResponderExcluirSó não dá é para achar que um artista vai viver de vender CD. Você, assim como eu, é uma minoria.
Leoni my friend, você realmente acha que as pessoas vão trocar "Ter" por "Frequentar". Não seria como se a sociedade passasse de repente a não mais exercitar sua ânsia por ter coisas..assim de uma hora para outra smplesmente porque é um desperdício de HD.
ResponderExcluirEssa é a mesma sociedade em que vivemos?
E é exatamente por esse motivo que acho que a sinuca de bico ainda não encontrou uma saída.
Tirou-se produtos das mãos dos seres que só estão nesse planeta para consumirem produtos.
Nós, humanos.
Humberto, as pessoas terão do mesmo jeito, sem precisar o cartão de crédito cada vez que forem ouvir ou baixar uma canção.
ResponderExcluirAs coisas estão se transformando em não-coisas. Música voltou a ser tão imaterial quanto era antes da indústria do disco.
Você não precisa ter todos os filmes que vê na TV. Só aqueles que mais gosta, não é?
Será semelhante.
Humberto, é isso mesmo. A sinuca de bico é essa.
ResponderExcluirDe uma certa forma vivemos um processo de "descoisificação". Cada vez mais convivemos com não-coisas, que tendem a aumentar de tamanho, enquanto as coisas estão diminuindo e se tornando cada vez mais descartáveis. Que são essas não-coisas? São as informações. Quando sons, imagens e textos são digitalizados, viram informações formadas por bits que podem se reproduzir, transmutar e se incorporar nos mais diversos aparelhos e telas, mas são cada vez mais impalpáveis. Basta ver o tempo em que ficamos em simbiose com as não-coisas, em geral através de teclados, usando apenas a ponta dos dedos.
Outra característica da era em que estamos entrando é a possibilidade de uma cultura imaterial "inesquecível", ou seja, acumulável e expansível ad infinitum nas memórias dos computadores. É uma tentativa de algo inédito na História, onde os artefatos sempre fizeram o percurso natureza-cultura-lixo-natureza.
Uaall, acho que extrapolei. Depois eu volto às não-coisas.
É ótimo ter um filósofo de plantão! rs
ResponderExcluirQue pretensão a minha, imagina... :)
ResponderExcluirMuito interessante fazer esse exercício de antevisão - mesmo sendo impreciso, funciona para nos manter pensantes, ativos e criativos.
ResponderExcluirLeoni, vai rolar uma parada legal no Instituto Moreira Salles aqui do Rio, com Arthur Nestrovski e José Miguel Wisnik - é um ciclo de aulas-show chamado 'O fim da canção'. Divulguei no twitter e ia colocar lá no seu site, mas não sabia bem onde postar. O link é http://migre.me/hqe - dá uma olhada depois.
Abraços!
(Bebemos a música que foge pelos poros...)
Clara, obrigado pela dica. O Zé Miguel Wisnik é um grande pensador da música e da cultura. Uma imensa erudição e generosidade intelectual. Quem leu "O Som e o sentido" e já o viu falando, sabe. O Nestrovski eu conheço principalmente do livro "Três canções de Jobim" e de livros infantis da Cosacnaify. O tempo é curto, mas tentarei comparecer.
ResponderExcluirValeu, Clara. É pertinho de casa. Vou tentar ir.
ResponderExcluirPoemos fazer umas camisas com o logo do Músicalíquida para ir ao Wisnik uniformizados. :)
ResponderExcluirAí... Sabe que uma camisa com esse título meio misterioso até que não é má ideia?
(impressionado) Putz...
ResponderExcluirIsso acontece comigo exatamente agora! Humberto, esse lance do consumismo é uma verdade cruel, ainda mais pra gente que é músico, que vivencia algo imaterial. Há uns dois meses atrás comecei a vender uns 70% dos meus equipamentos (a maioria, teclados/synths) por necessidade financeira, mas também pelo incômodo que o protecionismo material estava me causando, vendo um monte de tralhas que eu nao usava mais. Conheço uma pancada de gente viciada em gadgets, compra algo novo toda semana, nossa, daqui a uns 2, 3 anos todos eles terão um museu dentro de casa!
Totalmente a favor do planeta e necessária para a nossa sobrevivência a desmaterialização de tudo o qe é industrializado. Esse assunto já extrapola positivamente o nosso foco inicial.
Pra poder comentar aqui no musicaliquida, eu tive que me cadastrar e acabei criando um blog por impulso, meu primeiro texto tem tudo haver com isso, quem quiser www.revolua.blogspot.com
Marcelo vc disse em 20 linhas o que eu ia levar um livro inteiro pra dizer heheheh...
Abraço gente.
Quanto a blusa... sou o primeiro a comprar!!!! músicalíquida é um puta nome, musical(!), simétrico. Apoiado!
ResponderExcluirPoxa, isso aqui está fervendo hein!! Passei o dia fora, mas cheguei...rsrsrs.... To achando que vou fazer o facebook!!! Quem aqui já tem? Quais são as vantagens?
ResponderExcluirSó pra completar, o evento do Wisnik precisa de reserva. É só falar com Caroline, lá no IMS, pelo 3284-7400 e pagar no dia.
ResponderExcluirEu não li nada desses caras ainda, mas em todos os encontros que assisto sobre música eles são citados em algum momento. Quero conhecer e estudar mais. Vou pela dica do Marcelo!
E quanto à camisa, funcionaria bem! Posso fazer os layouts e arte-final se quiserem.
Abs!
Gostei da ideia das camisetas. O curso cai em dias ruins para mim. Não vai dar, infelizmente.
ResponderExcluirEncaminhei um email pra alguns amigos convidando-os pra participar aqui tbm.
ResponderExcluirAinda bem que está tudo resolvido, andei me procupando a toa. Marcelo , quer dizer que as coisas não são mais coisas em si e que apartir do mês que vem(depois da semana santa é claro) as pessoas passarão a sacar que não vale a pena ter mais nada e que o negócio é frequentar Streamings Sites para termos um convívio armonioso sobre música. Uau geniAAL confesso que andava um pouco preocupado e até ansioso sobre o futuro das coisas, mas após esses esclarecimentos me sinto muito mais tranquilo.
ResponderExcluirAbçs
Humberto barros
Humberto, faça um pequeno esforço de memória e tente se lembrar de como era a sua vida a, digamos, 15 ou 20 anos atrás. Como você se relacionava com as coisas em redor, com o seu trabalho, como você se comunicava, como resolvia as coisas mais triviais? Como eram as suas correspondências? Como você guardava as suas fotos? Quanto tempo você passava diante de um computador? Você sequer tinha computador? Eu não tinha. Assim como não tinha (e aposto que você também não tinha) a menor ideia dos caminhos a que uma coisa chamada internet iria nos levar. Este fórum é o exemplo mais imediato de como mudou nossa relação com a escrita, com a matéria, com a linearidade dos assuntos, com a intertextualidade, com o outro - o exercício da sua própria ironia é meio em função desse ambiente, Humberto.
ResponderExcluirA cultura imaterial está avançando sobre a cultura material a passos largos, de forma que é cada vez mais difícil se adaptar. O tempo se comprime cada vez mais e isso também é um fato. Li um estudo não sei onde que calcula que as mudanças dos últimos 16 anos equivaleram às dde um século. Estamos virando os índios da nossa própria civilização, meu caro Humberto.
(ouvindo Keith Jarret Trio, Standards nº 2)
Não exagere my bro! parece mais bonito quando escrito.
ResponderExcluirCultura imaterial é muito bom, aposto quanto quiser que estará rindo de cultura imaterial daqui a alguns anos.
ResponderExcluirHumberto, apesar do seu esforço em fazer chacota, acho que vale a pena continuar um pouco mais o nosso papo. Sua atitude ao menos faz com que a gente reflita mais sobre os garranchos que escreve.
ResponderExcluirDa mesma forma com o termo fetiche, acho que você não alcançou o sentido do termo cultura imaterial. Para mim, era uma coisa mais ou menos tranquila. A definição mais comum a relaciona com a produção intangível: costumes, modos de ser, sotaques, músicas, formas de expressão etc. Se confunde com o patrimônio cultural, por assim dizer. Digamos que uma igreja seja parte da cultura material. O modo que é usada - as missas, a reza, os cantos - fazem parte da cultura imaterial.
Quando falei da cultura imaterial, quis chamar a atenção para o fato de que, num processo cada vez mais rápido e radical, ela vem sendo armazenada e codificada, seja em rolos de filmes, fitas e finalmente em bits, de uma forma inapreensível, apenas decodificável. Onde? Nas telas de Tv e computador, nos programas, nos circuitos. Assim, cada vez mais nos ocupamos menos das coisas e tratamos mais dos signos das coisas, de informacão. Esse já é o nosso mundo hoje.
Perdão , nunca quis fazer chacota de um assunto desses, mas é que tem algo me incomodando. Existe uma linha de pensamento muito, muito fechado por trás do nome Música líquida, será que vocês já tinham uma idéia e estão simplesmente querendo passá-la para os leitores?... não estou vendo muito espaço para .. o caso .. de haver um outro caminho. Descordo do fato de que as pessoas irão parar de querer ter coisas...materiais... da forma realmente material em troca de poder visitar um site , ou todos os sites para ouvir streams...isso simplesmente não faz nenhum sentido para mim. O mundo precisaria realmente acabar e começar de novo .. com outros seres para que isso acontecesse. e por mais que a metáfora pareça interessante, o mundo não r e a l m e n t e acabou. As pessoas estão aí. Comprando tennis, camisas, tvs de LCD, sexo, revistas, livros ... tudo o que sempre compraram, As pessoas sempre investirão em prazer .... não tenha dúvida disso. Não há um mundo novo, infelizmente é o nosso velho mundo. Mas parece que não dá para discordar disso que vocês afirmam. Acho melhor me recolher e observar.
ResponderExcluirNunca imaginei pedir isso ...mas sejam flexíveis... pode ser que a solução venha de outro lado. E nunca...mas nunca mesmo..se esqueçam que o prazer é o que move o consumidor moderno. As pessoas não sabem nem quanto pagam pela água que consomem porque isso não dá prazer a elas...é apenas um serviço.
Grande Humberto, olha, prefiro que você rebata os pontos que discorda como fez acima. Muito mais bacana quando você argumenta do que quando ironiza. Assim se faz um diálogo, não apenas um falando e o outro negando. Senão vira Fla-Flu, meio chato, constrangedor até.
ResponderExcluirVocê tem razão: as pessoas procuram prazer. Assinam TV a cabo. Se gostam muito de um filme, gravam da Tv, baixam na internet ou compram na loja. Vão deixar de ter menos prazer em algumas dessas alternativas?
Antigamente a coisa mais comum do mundo era ter uma Enciclopédia em casa. E agora, com a Wikipedia e com o Google? Se bobear, a própria Britannica está na web, com uma parte de graça e uma outra só pagando uma assinatura. O dicionário Websters é assim, sou usuário.
Sexo também é assim. Nem precisa dizer que tem um monte coisa de graça por streaming. Mas o conteúdo premium os taradões vão ter que fazer uma assinatura. A indústria do pornô já sentiu o baque.
Acho que dá pra considerar isso tudo como serviços, não? É o seguinte: não é que as pessoas deixem de consumir. Acho que elas estão consumindo outras coisas ou a mesma coisa de outra forma. Isso já está rolando.
Por que não com música? O cara pode optar em ter o cd/blue ray/dvd com x músicas numa embalagem bonita e única, baixar da internet ou assinar um canal com conteúdo infinito. Uma rádio que não tem limite de estações nem de horas do dia.
E a Tv digital ainda vai botar mais lenha nessa fogueira... bota lenha nisso.
Abraços
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