19 de abr. de 2010

EUA endurecem contra a internet

Sinistro. Deu na Revista Digital d'O Globo de hoje:

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Comentários da indústria de entretenimento incentivam plano para reprimir liberdade na rede

A indústria do entretenimento nos EUA atacou novamente a internet.

Dessa vez, foi nos comentários pedidos às grandes empresas e entidades do setor pela Coordenação de Aplicação da Propriedade Intelectual em relação ao chamado Joint Strategic Plan, um projeto do governo americano para reforçar as leis de repressão a violações de direitos autorais. A Electronic Frontier Foundation (EFF), defensora dos direitos civis no ciberespaço, publicou trechos dos comentários, feitos por entidades como a Motion Picture American Association (MPAA, entidade que representa estúdios de cinema) e a Recording Industry American Association (RIAA, que defende as gravadoras).

A própria EFF se escandalizou diante do que leu. Richard Esguerra, ativista da entidade que compilou os comentários, escreveu: “Ficamos estarrecidos com a lista de desejos enviada pela indústria à consulta”. Em primeiro lugar, ela sugere que os programas de segurança instalados no computador, como antivírus e afins, sejam usados para vigiar e impedir a violação de direitos autorais na máquina. “Há vários métodos que podem ser usados por administradores de rede e provedores, incluindo ferramentas para o consumidor que controlem a violação de dentro de casa”, sugere um comentário.

Outra ideia das associações é filtrar de tudo quanto é jeito o acesso a possíveis violações, com filtros de protocolos, biométricos, restrição de banda e por aí vai. (“Administradores de redes e provedores deveriam ser encorajados a implementar tais soluções”, afirmam.) O item seguinte assusta. “A Alfândega deve ser incentivada a fazer mais para educar os viajantes. (...) Pontos de entrada nos EUA são locais ainda pouco usados para educar o público sobre a ameaça à nossa economia representada por produtos piratas”. Trocando em miúdos, segundo a EFF: seu iPod na bagagem tem cópias de músicas que você pegou de amigos? Há filmes baixados da internet em seu notebook? “Essas seriam perguntas que a indústria quer ver respondida na alfândega”, diz Richard.

Outros comentários sugerem ainda pressionar países mais liberais com sites que permitem trocar e baixar arquivos, insistindo para que adotem políticas mais repressivas no setor

6 comentários:

  1. É muito difícil controlar esse tipo de consumo. Acho difícil de imaginar isso dando certo, quero dizer, que seja uma medida eficiente. Na minha opinião não há como fazer esse tipo de controle.

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  2. Isso parece piada! O lance do "on demand", com o a conta embutida no preço dos provedores é muito mais fácil e coerente de ser aplicado. Se todo arquivo (música,vídeo,e-book) tivesse uma fonte oficial, segura e de qualidade para download público, acho que isso inibiria a troca de arquivos descontrolada, e os autores teriam uma justa renda provinda da web. Claro que a aplicação disso pode acarretar anos de desenvolvimento e investimento, mas eu não vejo outra solução. Censurar uma nuvem invisível é impossível!

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  3. Luiza, é claro que não adianta. Mas muitas entidades continuam tentando aumentar as penas para delitos de direito autoral [ara criar um clima de terror que "eduque" as pessoas.

    Até agora só conseguiram angariar a antipatia da população.

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  4. Realmente assustadores os comentários. Agora é torcer para que isso não vire um poderoso lobby político para botar isso em prática.

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  5. Pois é... quando falam em dinheiro e nos interesses das grandes produtoras, vale até transformar Estados Unidos em China. Mas, será que vai pra algum lugar essa idéia maluca?

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  6. oi leoni quero expressar meu prazer em ter vc como influência no mundo da música e agora também no mundo virtual, baixei seu livro em seu site, o máximo. Parabéns, precisamos de artistas assim como vc. abraço do homem fullgás, rsrs.

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