27 de jul. de 2010

Revisitando Indaba, o estúdio das nuvens

Vejo na Revista Digital d'O Globo desta semana um artigo sobre o site Indaba Music, onde você pode compor e mixar músicas online, em grupo. Eu já havia escrito aqui sobre o Indaba há mais de um ano e fico feliz em ver o site vingando, pois é mesmo sensacional.

Na época em que escrevi sobre o Indaba, me cadastrei e publiquei no site uma faixa de viola caipira que cometi. Pouco tempo depois, o norte-americano Mathew Moss acrescentou à viola uma linha de baixo fretless. O resultado ("auditionviola10menor.wav ") vocês podem conferir aqui.

Abaixo, o artigo de O Globo:

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Jam sessions via ciberespaço
Pedro Giglio

Quantos jovens — de todas as idades — já pensaram em formar uma banda? Seja na garagem ou no estúdio, reunir a galera para levar um som é uma atividade bem divertida...

O problema é que, vez por outra, existem obstáculos.

Formar uma banda completa, conciliar o tempo livre dos integrantes... Ainda bem que existe uma alternativa para os músicos conectados à internet: o Indaba Music .

Lançado em fevereiro de 2007, o Indaba — o nome vem do zulu, significando “fórum colaborativo”, como os realizados pelos chefes tribais para resolver problemas em comum — permite que músicos do mundo componham e colaborem à distância. É possível compartilhar as faixas isoladas de cada instrumento, que ficam à disposição dos colaboradores e visitantes, formando sessões virtuais em potencial.

O site está bombando: tem mais de 500 mil usuários registrados em aproximadamente 200 países.

— Os equipamentos de gravação ficaram tão baratos que músicos já podem gravar canções de qualidade profissional. Pareceu uma evolução natural tornar esta experiência online e permitir colaboração remota — diz Dan Zaccagnino, um dos fundadores.

São muitas as histórias de sucesso do site. Músicos impossibilitados de saírem de seus lares trabalham com outros, bem distantes, e alguns colaboraram com artistas como Yo-Yo Ma, Peter Gabriel, Weezer e Snoop Dogg. Formada no Indaba, a banda inglesa Felsite conseguiu até um contrato para um álbum independente.

Já a banda Marcy Playground lançou um concurso de remix para a canção “Emperor” — no qual um brasileiro se saiu bem. O analista de sistemas Bruno Linhares teve sua contribuição reconhecida nas menções honrosas do júri e do líder da banda, John Wozniak.

— Apesar do aspecto competitivo, todos se ajudavam dando dicas do que melhorar nos mixes — diz Bruno.

Mas é cedo para decretar o fim das “jam sessions” ao vivo, segundo Dan.

— A colaboração online nunca substituirá estar na mesma sala que outro músico, mas pode abrir possibilidades que não existiriam de outra forma, e isto pode ser muito libertador para um aspirante a músico.